Sobre o filme "A Quiet Place"

O filme A Quit Place estreou há alguns meses e alcançou várias críticas no meio cinematográfico. A comoção foi tanta e me indicaram tantas vezes que me aventurei. Para mim, a história lembrou muito Caixa de Pássaros, de Josh Malerman: o mundo invadido por seres que te matam se você fizer algo que para eles é essencial. Em Caixa de Pássaros, abrir os olhos, em Quit Place, emitir qualquer som.

Confesso que o que mais me instigou a ver o filme foi a Millicent Simmonds porque ela é surda, eu sou engajada na comunidade surda e me identifiquei com essa temática (foi também o fato de ter uma atriz surda no elenco que fez 9 entre 10 pessoas que eu conheço me indicarem assistir - sabem que eu gosto, nénom?) inclusive, para uma jovem atriz, gostei bastante da atuação da Millicent Simmonds.

Pois bem: fui lá com toda a boa vontade e encontrei também a Emily Blunt, outra que eu tenho certa admiração e já i algumas atuações (ela também arrasou no filme, preciso deixar isso bem claro).

OK! Tinha elas duas, sua família composta de pai e mais duas crianças, algumas outras pessoas sobreviventes naquele mundo pós monstros e os três monstros que tinham super audição (que tímpanos perfeitos, minha gente - INVEJA).

Enfim... que filme ruim. Pois é, eu não gostei. Parado e massante. Simplesmente uma perda de tempo para mim que não vi nada de muito novo e não me surpreendi com quase nada. E, olha, fiquei o tempo inteiro pensando em como se engravida em um mundo onde os monstros comem quem eles ouvem? Como se cala a boca de um recém nascido? Minha gente, como se engravida quando se está em risco de morte constante? COMO?

Revoltas à parte, preciso ainda falar que o que salva o filme são os minutos finais. Sim, eu gostei apenas dos últimos dez minutos do filme. Não sei se essa minha impressão foi tão negativa por não mais suportar a forma como se tem explorado os terrores ultimamente... Sei lá se foi minha revolta pela gravidez ou porque simplesmente é ruim mesmo...