5 Motivos para ver 'Se os gatos desaparecessem do mundo'

Um carteiro descobre que ele não tem muito tempo de vida, devido a uma doença terminal. Um diabo aparece na sua frente e oferece prolongar sua vida em troca de alguma coisa que posa desaparecer do mundo. O homem pensa sobre seu relacionamento com ex-amigos, ex-amantes, parentes e colegas que ficariam tristes quando ele morrer.

Sekai kara neko ga kietanara (If Cats Disappeared from the World) é um filme de 2016, baseado na novel de mesmo nome, escrita por Genki Kawamura, produtor do filme.

1 - O enredo

Isso pode ser uma mudança insignificante...

Minha vida até agora... vindo do passado até hoje, e caminhando para o futuro infinito... Não, eu nunca tinha pensado coisas como 'futuro'. Pensei que era apenas natural que eu tivesse de enfrentar o amanhã. Beber café, cuidar do meu gato, tomar o café da manhã e ir trabalhar. Eu só continuava assim, com nada de especial em mente.

Como diz a sinopse, fala de um jovem que recebe o diagnostico terminal de câncer cerebral e que se depara com um doppelganger de si mesmo, que diz ser o diabo e lhe propõe um acordo, no qual, o diabo escolhera alguma coisa que desaparecerá do mundo, como se nunca tivesse existido, e em troca o jovem ganha mais um dia de vida

Os itens são removidos no final do dia, dando ao homem um último dia para apreciá-los antes que eles desapareçam do mundo. A história prossegue em dias sucessivos, com coisas novas sendo removidas a cada dia: telefones, filmes, relógios e finalmente gatos.

A história se concentra na maneira como o mundo é diferente para o jovem e sua história sem os itens removidos. Cada uma delas é de alguma forma crucial para seus relacionamentos com seus poucos amigos e familiares: uma ex-namorada, um melhor amigo que só sabe interagir com os outros através do compartilhamento de filmes, um conhecido conhecido em Buenos Aires e, mais importante, o pai e a falecida mãe, de quem ele herdou o gato.

A história é contada tanto em tempo real quanto em uma série de flashbacks, e o espectador passa a ter uma melhor compreensão das relações do jovem com a família e os amigos, e a dor e a beleza da mortalidade.

2 - Takeru Satoh

O ator é famoso por estar em diversas obras inspiradas em mangás como Kamen Rider, Bakuman, Ajin: Demi-Human e Inuyashiki (estes dois ultimos sendo publicados no Brasil atualmente), mas principalmente por interpretar o protagonista, Kenshin Himura, da versão live action de Rurouni Kenshin em 2014, porém meu apreço pelo rapaz surgiu através do filme Kanojo wa Uso o Aishisugiteru, de 2013, onde interpreta, o também protagonista Aki Ogasawara.

Neste filme, Takeru consegue transmitir todas as emoções necessárias com o talento que lhe é comum, o que extremamente importante quando acompanhamos o personagem através de sua percepção da importância dos objetos a sua volta, das memorias as quais cada um esta atrelada e de seu próprio lugar neste mundo. Em uma cena ou outra há até aquele exagero comum da interpretação japonesa, mas sem nunca extrapolar o aceitável pra uma obra reflexiva, como essa.

3 - Hizumi, por Haruhi

Haruhi é uma de minhas artistas favoritas e foi um dos motivos que me levou a conhecer este filme, junto a atuação de Takeru e a sinopse super interessante. E é claro, como os dois tópicos anteriores, Haruhi não me decepcionou, Hizumi é lindíssima tanto sonoramente falando, quanto por sua letra super poderosa.

Se você desaparecesse completamente deste lugar
Sua presença e lágrimas vão se fazer presente
Obrigado, eu nunca fui capaz de lhe dizer corretamente
Adeus, depois de tudo eu ainda não pude te dizer isso também
[..]
Obrigado
Por nascer
Pelo nosso encontro
Por estas flores desabrochando
Pela sua música
Pelas lágrimas que fluem pelas minhas bochechas
Por tudo que você me ensinou
Por algo que alguém me transmitiu naquela época
Por algo que me foi transmitido naquela época

Você pode conferir a tradução por completo, clicando aqui.

4 - Fotografia e 5 - Diálogos (citações)

As filmagens começaram em 2014 em Hakodate e Hokkaido, no Japão; Buenos Aires e Cataratas do Iguaçu e fica claro que sabiam o que queriam ao cuidar da fotografia, todos os cenarios são valorizados, seja pra dar a ideia de acolhimento, de tristeza, ou solidão. E o mais interessante é que cada cena tem sua beleza ampliada pelos acontecimentos e pelos dialogos ora melancolicos, ora esperançosos, por isso mesmo resolvi trazer os dois topicos como um, pois eles se complementem perfeitamente neste filme.

Eu nem sei se estou triste ou não... e claro... há alguém que choraria por mim?
Você conseguiria encarar a manhã seguinte como se nada tivesse mudado neste mundo?